Argélia, fascinante!

Recentemente, as notícias que chegam da Argélia têm sido desafiadoras, perseguição extrema à igreja. Mas ao mesmo tempo podemos ver a fidelidade do Pai  e o crescimento da mesma. Nós, do movimento Tamazgha, queremos convidar você à orar por este país.

“Sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.” (Tiago 5:20)

Esta nação, de maioria muçulmana e com forte repressão governamental, tem visto a Igreja Evangélica enfrentar uma perseguição crescente. Praticamente todas as igrejas protestantes evangélicas filiadas à Associação da Igreja Protestante da Argélia (EPA) foram fechadas por ordem governamental. Os cristãos agora se reúnem em casas, de forma sigilosa. Vários líderes e cristãos convertidos estão enfrentando processos judiciais, multas e até condenação à prisão por acusações como realizar cultos não autorizados ou “abalar a fé de um muçulmano”.

Apesar das enormes dificuldades, a Palavra de Deus não volta vazia! Os testemunhos poderosos da região da Kabile e de crentes que, mesmo em meio à adversidade, continuam firmes, reunindo-se secretamente em lares, são maravilhosos. O Senhor está edificando Sua Igreja de forma poderosa, em contraste com a repressão.

 

Interceda pela Argélia! 

Mais fácil do que passar um camelo

Domingo passado saímos da igreja com aquela certeza maravilhosa de que Ele falou conosco. É claro que Ele sempre fala, sempre compartilha o Seu coração conosco mas sabe quando você se sente ”visitado por Ele”? Nos faz lembrar uma das verdades que apaziguam o coração: Sua casa continua sendo Sua, independente de onde você está. Sim, Deus fala Português, Árabe, Francês, Inglês… Louvado Ele seja! Porém o que seria mais fácil do que passar um camelo por uma agulha?

 

 

 

 

É dia de festa!

Trabalhar pelo Reino no norte da África demanda de você várias coisas que diferem de estar em um país, digamos, ”mais livre”. Apesar de tantas restrições a mensagem do Evangelho não muda, sempre faladas em coerência com o seu comportamento que é, constantemente, observado. Somos os livros abertos de Sua Palavra de acordo com as palavras que compartilhamos.

Inicio deste mês tivemos uma festa que já havia sido iniciada no coração de Deus, mas ainda não visível para a gente aqui. Foi quando 7 jovens resolveram fazer parte do corpo de Cristo, de Sua noiva neste local. Em um contexto que os resultados não são rápidos (como gostaríamos), vê-los testemunhando para os outros irmãos e diante do Salvador, foi uma alegria e tanto!

Não sei quanto à você, mas já tentou imaginar como seria a tal ”alegria no céu” citada na Bíblia? Já tentei essa audácia… Que alegria indescritível deve ser quando o relacionamento que foi quebrado no Éden é restabelecido pelo sangue do Cordeiro, que nos foi oferecido antes mesmo da fundação do mundo! Não tem como imaginar… É por isso que Ele nos convida à participar desse ”brotar da Salvação” no coração das pessoas, mesmo em lugares inóspitos e difíceis, como este aqui no norte da África.

O impossível que acontece

O jovem rico saiu triste da presença de Jesus, mesmo vendo o amor d’Ele em Sua face. Mas havia a condição de Jesus seu a única fonte, ser o centro de sua vida. As vezes como é difícil, não? Logo em seguida os discípulos se espantaram ao verem que a salvação, tão graciosa e celestial, parecia ter ido  para o nível das impossibildades: ”Sendo assim, quem pode ser salvo?”

Um camelo passar por uma agulha?

Ainda continua sendo muito mais fácil o impossível acontecer. Em meio à densas trevas que a caminhada pode nos trazer, passando por vales que geralmente drenam as forças, a surpresa de um riacho com água transparente e pastos verdejantes pode se fazer presente, já que temos o Pastor por excelência ao nosso redor. E Ele por imensa graça e amor, nos faz ver as vezes pessoas sendo levadas ao Caminho. Seria isso um gostinho – um tira-gosto – da alegria eterna do céu?

Alegre-se com Ele e Seus anjos, rejubile-se conosco pelos milagres feitos aqui e acolá. Bendiga ao Senhor conosco! 

 

África em Dor: Um Clamor Que Não Podemos Ignorar

A África vive hoje uma das maiores crises humanitárias de nosso tempo. Diversos países enfrentam conflitos armados, tensões étnicas, regimes opressores e instabilidade política que mergulham milhões de pessoas em situações de extrema vulnerabilidade. Diante da violência, da miséria e da falta de perspectivas, homens, mulheres e até crianças decidem abandonar suas terras em busca de uma vida mais digna — muitas vezes arriscando tudo pelo sonho de chegar à Europa.

Essas jornadas, no entanto, têm se transformado em verdadeiros caminhos de sofrimento e morte. A rota migratória africana é uma das mais perigosas do mundo. Milhares de pessoas atravessam o deserto do Saara a pé, enfrentando temperaturas escaldantes, longas distâncias e o medo constante de se perderem ou caírem nas mãos de traficantes de pessoas. Estima-se que mais de 4 mil pessoas morreram no Saara desde 2014, e outras milhares desaparecem sem deixar rastros.

Ao sobreviverem ao deserto, os migrantes ainda enfrentam a travessia do mar Mediterrâneo — uma rota marcada por tragédias. Em 2023, mais de 3.100 pessoas morreram ou desapareceram tentando cruzar o mar rumo à Europa. E os números continuam crescendo. Em 2024, já são mais de 5.000 mortes registradas em rotas africanas e marítimas. Um exemplo marcante aconteceu em julho de 2024, quando uma embarcação que partiu da Mauritânia naufragou, deixando mais de 200 desaparecidos. Nas últimas semanas, dois barcos que saíram clandestinamente da Líbia afundaram.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) alerta que, nos últimos anos, o número de mortos no deserto do Saara pode ser até o dobro dos que morrem no mar — uma tragédia silenciosa, longe dos holofotes, mas profundamente devastadora.

Essa situação nos desafia como Igreja. Não podemos ignorar o sofrimento de nossos irmãos e irmãs no continente africano. Como seguidores de Cristo, somos chamados à compaixão, à empatia e à intercessão.

Um Clamor para o povo de Deus

Diante dessa realidade, convidamos você, sua igreja, a se colocar na brecha em oração. Oremos pelas famílias que estão sendo desestruturadas, por aqueles que arriscam tudo em busca de uma nova chance de vida, por aqueles que choram seus mortos e pelos que ainda estão em rota, sem saber o que os espera.

Oremos também pelas autoridades dos países envolvidos — tanto de onde partem os migrantes quanto de onde transitam ou tentam chegar. Que os governantes sejam instrumentos da graça de Deus, promovendo políticas justas, acolhedoras e voltadas à dignidade humana.

E, acima de tudo, oremos para que Jesus seja revelado como a única fonte de esperança verdadeira. Que mesmo em meio à dor e à incerteza, muitos possam encontrar consolo, direção e salvação n’Aquele que venceu a morte e prometeu estar conosco até o fim.

“O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.” (Salmos 34:18)

Que esta seja uma oração constante em nossos lares, cultos e reuniões. Que a Igreja de Cristo não se cale diante do sofrimento da África. O tempo de interceder é agora.