Agar, donde vens? Para onde vais?

Dia desses, enquanto tomava meu café, me deparei com um pequeno vídeo no Twitter. Obviamente que o assunto era o mesmo: o ataque terrorista do Hamas e a resposta de Israel.

No vídeo (gravado pelo próprio terrorista) mostra ele e mais um integrante do Hamas invadindo um Kibutz. Seu companheiro vira a direita, procurando gente para atirar e some completamente do vídeo. Mas de repente o outro (que está com a câmera) é alvejado com uma chuva de tiros. O grito de dor é assustador… A camera cai no chão, o não se vê o corpo. Mas se ouve o som da dor e gritos de agonia do rapaz, com a camera virando “ironicamente” para o céu, ao som de seu ultimo suspiro, recitando uma surat do Alcorão.

Fechei o Twitter, terminei o resto do meu café, com muita tristeza no coração.

Onde você está Agar?

Não quero entrar em nenhuma discussão tola, creio que perdemos tempo e energia com isso. O assunto é extremamente complexo, a própria Bíblia nos conta como tudo começou, e sabemos muito bem como a mídia e redes sociais tentam nos empurrar para algumas presunções que fogem da realidade que devemos nos apegar. Qual é a nossa realidade? Sim, Sua Palavra e a luz que ela emana quando nos enchemos dela. Só assim podemos “discernir o mundo” e prosseguir o Caminho Ele traçou para cada um de nós.

Não é de hoje que gosto de lembrar que o próprio Jesus apareceu para a serva Agar. E não é porque eu moro e convivo com árabes e muçulmanos… Para mim a história de Agar é simplesmente uma explosão da graça de Deus e isso é encantador, apesar dos rumos que foram tomados depois disso.

Quando Agar sai de casa pela primeira vez, ela está fugindo de Sarai. Encontra literalmente Jesus ao lado de uma fonte de água. Interessante, não? Derrama diante d’Ele sua queixa, ouve Sua ordem (e obedece posteriormente, apesar de suas humilhações), recebendo Sua promessa. Você sabia que o próprio Jesus escolhe o nome do seu filho?  Sim, ele será chamado Ismael. Agar reconhece que esteve com o próprio Deus, O invoca e sentencia: “Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê?”.  O poço ganha um nome, Beer-Laai-Roi, “poço dAquele que Vive e me vê”. Aleluias!

E enfim o filho da promessa nasce, aquele que Deus havia prometido: Isaque. O riso invade a casa de Abraão e Sara, aleluia! Porém, como “bons seres humanos que somos” (contém ironia), os problemas renascem enormemente. Mal sabia Agar que o tempo dela e seu filho irem embora havia chegado: as promessas de Deus iriam se cumprir e eles precisavam ir… Assim vão eles, com pão e água no odre fornecidos pelo triste Abraão. Obviamente que o mantimento físico não era suficiente para eles acharem um caminho para si: precisavam de um novo encontro Jesus!

O próprio Deus (o Pai) ouve a voz do menino. Jesus (o Filho) volta a falar com ela dos céus. Ordena que ela se levante, pegue a mão do rapaz, eles precisavam prosseguir. Deus lhe abre os olhos, ela vê um poço e recomeça a sua jornada até o deserto de Parã. Lá vai ela com a água providenciada pelo seu Pai celeste e com Sua promessa guardada no coração. O versículo 20 do capítulo 21 de Gênesis mostra que eles não foram abandonados, pois “Deus estava com o rapaz…”. Ismael reaparece na história anos depois, quando seu pai veio a falecer. Ele e seu irmão, Isaque, sepultam Abraão juntos.

Você conhece a história…

Todos nós conhecemos muito bem o restante da história. Deus cumprindo de maneira maravilhosa Sua promessa para com Abraão, na esperança de que Israel fosse “um ímã” para com as nações, uma nação que proclamasse Seu Reino. Deus cumpre a Sua Palavra. É claro que muitas coisas erradas aconteceram, uma geração morre no deserto. O povo sofre por decisões erradas e com reis que não seguem o caminho do Senhor. Israel sofre, passa por cativeiros e grande sofrimento na mão de outros povos. Tudo fruto de suas decisões equivocadas, apesar das promessas e do grande mover do Pai entre eles. Mas a Palavra de Deus permanece e sempre fará aquilo que lhe apraz! A plenitude do tempo acontece, o mesmo Jesus que apareceu à Agar nasce para mostrar a todos que Ele é água da vida. Abre os nossos olhos de todos, tanto judeus, gregos e romanos, para a salvação disponivel “aqui e agora”. A mulher samaritana que o diga!

Os palestinos não são árabes, não em sua origem. Mas também estão debaixo do alvo de Deus com Sua salvação. Israel, povo escolhido, continua sendo abençoado por Ele. Nenhuma violência, seja ela qual for, pode ser usada como escudo ou meio para que se consiga promessas divinas. Só há um caminho, que é Jesus. Apenas Ele pode nos levar para a terra prometida, onde não haverá agonia de dor.

O Hamas, grupo terrorista, passará pela justiça divina. Não tenha dúvida quanto a isso. Israel precisa dobrar seu joelho diante do Messias que já veio. E as nações necessitam ver em nós a salvação, a única que veio, e veio dos judeus, porém não há montes, cidades e fronteiras específicas para que Ele seja adorado!

Ore por Jerusalém. Ore por Gaza, pelos palestinos. Interceda pelo Norte da África, pelos europeus, pela visitação de Jesus nas guerras em nossas favelas. Tem muita gente andando errante por aí, na agonia dos desertos da alma, clamando por um poço de água, olhando em desespero para os céus diante da morte que está próxima. Não serão religiões, ideologias, políticos ou retalhações que irá trazer o Reino. Não podemos entrar na onda do ódio, Deus fará que Sua justiça apareça e Ele quer nos relembrar no dia de HOJE que ouve à TODOS os clamores, nos ordenando à mostrar a direção que leva à Jesus, a Água viva.

Israel, que você seja abençoado com à rendição ao Messias! Que as promessas de Deus continuem se realizando no meio de tí. Palestina, abra as suas fronteiras, o Rei da glória quer entrar e fazer morada no meio de ti! Veja o caminho que leva à Água da vida!

 

Quer vir orar em um país da África do norte, pedindo pelo Reino de Deus entre eles?

Quanto custa o cordeiro?

Não sei quanto à você mas eu sempre parei para imaginar o que passou na cabeça de Abraão naqueles 3 dias de caminhada com seu filho Isaque, que deveria ser sacrificado em obediência à difícil ordem de Deus (Gn.22:4). Eu, como pai, não consigo imaginar que tipo de pensamentos ele teve até o destino final. Mal sabiam eles que o Cordeiro já havia sido sacrificado antes da fundação do mundo, muito menos o enorme custo do envio do Filho, Seu Cordeiro, em favor da humanidade.

Por essas bandas eles falam que não foi Isaque, mas Ismael. Aqui é uma celebração, uma grande festa, chamada de Aíd-al-Adha, cuja data varia de acordo com o país (já que segue o calendário lunar). O propósito da festa é o seguinte: celebrar a devoção de Abraão. Em países do oeste africano, tais como Níger e Mali, essa festa é chamada de Tabaski e os rituais se diferem dos países norte africanos. Obviamente que o sacrifício tem um custo: estão todos reclamando do valor de um cordeiro. Está muito caro!

Eis o Cordeiro de Deus

A frase dita por João Batista é singular e poderosa, ”…Eis o Cordeiro de Deus”. E essa mesma frase precisa ser ecoada em vários lugares do mundo, principalmente em lugares onde não se sabe que o Cordeiro já foi oferecido.

Certa feita, em uma conversa informal sobre essa festa, um amigo me explicava sobre o que faziam. Me deu detalhes do sacrifício, o que faziam com o animal, exaltou o feito de Abraão… Ele tinha ciência que eu, como cristão, não comprava um cordeiro para sacrificar como eles fazem. Tentou me convencer que foi Ismael, e não Isaque, conversamos sobre várias coisas até que eu lhe fiz uma pergunta: ‘‘- Você já percebeu no que Deus fez com Abraão, providenciando para ele um cordeiro para morrer em lugar de seu filho?”. Foi aí que a conversa foi para o lado desejado. ”Você sabe que eu nunca pensei sobre isso? Eu sempre vejo a obediência do profeta, mas nunca pensei de que foi o próprio Deus que deu um cordeiro para que Abraão pudesse obedecê-lO!”, assim respondeu o meu amigo. O resto da conversa foi simplesmente um eco do que João Batista falou à muito tempo atrás. Sim, ”eis o Cordeiro de Deus”!

Ore pelos muçulmanos amados. Ore para que seus olhos se abram e enxerguem o Cordeiro de Deus. Ore para que exaltem A Oferta do próprio Deus, em prol deles, e que se tornem amigos do Pai, segundo a incrível e maravilhosa graça do Filho!

O mundo e os não alcançados

O número de crentes entre os mouros falantes do dialeto árabe hassani de Mali duplicou em 2021.[1] É difícil descrever a alegria da equipe que trabalhava entre eles, bem como dos amigos, apoiadores, parceiros de oração e líderes missionários que vivem distantes. Em coro com os anjos no céu (Lc 15.10), minha esposa e eu nos alegramos com essa notícia, como se do céu tivesse vindo uma chuva copiosa em meio a uma seca.

Esse milagre foi resultado de anos de oração, renovação da visão central de nossa missão, diálogos com parceiros, condução de pesquisas e planejamento detalhado. Oportunamente, uma equipe multidisciplinar e multiétnica formada por obreiros de todo o mundo se estabeleceu na região de um remoto aglomerado de aldeias no Mali. Teria sido muito mais fácil enviar esses obreiros por meio de nosso processo tradicional — um de cada vez, para qualquer uma das vagas existentes, muitas das quais concentradas onde o evangelho já está presente. Eles teriam causado impacto usando suas habilidades e dons ali também. Mas ficaríamos aquém de uma convicção vital: ninguém deve viver e morrer sem ouvir as boas novas de Deus, pois a mensagem do evangelho é para o mundo todo.

Em Marcos 16.15, Jesus ordena: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”. Atos 1.8 enfatiza que o testemunho deveria chegar aos confins da terra. O Movimento de Lausanne convoca toda a igreja para levar todo o evangelho ao mundo todo. Cremos de fato que o evangelho é para todo o mundo? Nesse caso, então por que tantos povos, como, por exemplo, os mouros falantes do dialeto árabe hassani, ainda não têm acesso real ao evangelho ou contam com um missionário entre eles? Sabe-se que até 77,3% dos missionários atuam entre povos que já têm acesso ao evangelho. Entre os não evangelizados estão 19,4%. Os 3,3% restantes vivem entre os 3,28 bilhões de pessoas que nunca ouviram o nome de Jesus.[2] Por que os missionários seguem no sentido oposto das áreas com maior concentração de pessoas sem acesso ao evangelho?[3]

Interpretando os dados[4]

Eis aqui um resumo das estatísticas:

  • 3% dos missionários vão para locais não alcançados; 97% vão para locais já alcançados ou não evangelizados.[5]
  • 87% de todos os muçulmanos, hindus e budistas do mundo não conhecem um cristão pessoalmente.[6]
  • Os 1,9 bilhão de muçulmanos do mundo têm apenas 5 mil missionários: um missionário para cada 400 mil muçulmanos. O Brasil, contudo, recebeu 20 mil missionários em 2010.[7]
  • 95% dos 5,5 milhões de obreiros cristãos em tempo integral estão atuando no mundo cristianizado.
  • 82% de todas as doações de cristãos são direcionadas ao ministério da igreja local e gastos com a própria congregação local e seus pastores. Apenas 1,7% é direcionado para os povos não alcançados.

As ações da igreja global e a forma como usamos os recursos não têm refletido o chamado de Lausanne para que toda a igreja leve todo o evangelho para todo o mundo.

Diante de estatísticas desse tipo, a salvação de uma única pessoa entre os mouros falantes do árabe hassani do Mali ganha destaque. Há três anos, havia apenas um crente entre todo o grupo, e nenhuma testemunha fiel estava presente ali para gerar esperança de que esse número crescesse.

A resposta da SIM (Missão para o Interior do Sudão): Testemunho fiel a comunidades esquecidas

Albishir (pseudônimo) não sabia para onde iria após a morte, mas acreditava que Okan tinha a resposta. Assim, Okan e sua esposa Joy, missionários da SIM na Nigéria, falaram a ele sobre o amor de Cristo e a certeza da salvação. Albishir encontrou o que procurava e, com a alegria estampada no rosto, aceitou Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Ele se desfez de seu amuleto e juntos eles o queimaram no fogo.

Albishir, um mouro hassani, havia visto o amor de Deus em ação por meio de uma equipe da SIM – obreiros com qualificações diversas e vindos de várias regiões do mundo – especialmente porque Deus os havia usado para fornecer água potável à sua aldeia. A localização remota de sua casa, a carência de vários tipos de infraestrutura e as preocupações com a segurança da área eram desafios significativos à ideia de ter uma nova equipe como vizinhos.

Um processo que envolveu muita oração ao longo dos últimos anos resultou na renovação da visão, da missão e do propósito pioneiro da SIM de mais de um século atrás: Convencidos de que ninguém deve viver e morrer sem ouvir as boas novas de Deus, cremos que ele nos chamou para fazer discípulos do Senhor Jesus Cristo nas comunidades onde ele é menos conhecido.

Nasceu então a iniciativa “Testemunho fiel a comunidades esquecidas”, com base na referência de Jesus a Antipas, uma testemunha fiel em Pérgamo (Ap 2.13). Em parceria com o Centro para o Estudo do Cristianismo Global no Seminário Teológico Gordon-Conwell, identificamos locais que não tinham acesso ao evangelho, como: Kayes e os mouros hassani no Mali; o povo de Ayutthaya, na Tailândia; e outras comunidades específicas no Norte da África, no Oriente Médio, na Ásia Central, no Sul da Ásia e muitos outros lugares. Com base no diálogo com organizações de cada região que partilhavam da mesma visão, foram formadas equipes de vários países, com competências diversas e foco nas oportunidades e nas necessidades da comunidade local. Hoje, um grupo diversificado de 52 pessoas de 19 países divide-se em oito equipes que servem em oito países, em parceria com os obreiros das igrejas locais.

O modelo de mobilização e envio visa envolver, ao longo dos próximos anos, centenas de missionários de todo o mundo em um projeto que pode levar o evangelho às comunidades onde Cristo é menos conhecido.

As comunidades são identificadas antecipadamente com base na sua carência de acesso ao evangelho, não nas vagas em um campo missionário já existente. As equipes devem ser multidisciplinares e multiétnicas. Uma equipe intencionalmente composta por pessoas com uma variedade de habilidades pode então abençoar toda uma comunidade e ali promover o shalom.

Outra premissa da SIM é que as equipes multiétnicas sejam um veículo eficaz para levar o evangelho, superando as barreiras e demonstrando-o de forma prática. Elas são um meio eficaz de compartilhar o evangelho e fazer discípulos, e a verdadeira expressão da face e da unidade do cristianismo global.

Guia prático para tomadores de decisão

Talvez você tenha descoberto que sua igreja ou organização não está fazendo a sua parte no que se refere às missões globais, ou que suas doações não priorizam o evangelho para todo o mundo. Sua igreja ou ministério pode ser como um pequeno barco ou um enorme transatlântico; pode precisar apenas de uma pequena calibragem da bússola ou uma redefinição completa de curso. Em qualquer dos casos, que medidas práticas você pode tomar?

Perguntas a fazer

O melhor ponto de partida é fazer perguntas do tipo:

  • Qual a porcentagem de recursos que de fato são direcionados à missão de anunciar o evangelho aos que não têm acesso a ele?
  • Com que frequência sua igreja desafia os membros a dedicar sua vida e seus recursos para tornar o evangelho acessível àqueles que vivem e morrem sem ele?

As respostas não apenas revelarão prioridades e graus de conscientização, como também indicarão os próximos passos, apresentando uma visão para o futuro. É correto continuar enviando mais obreiros para contextos em que o evangelho está presente, muitas vezes de forma dominante, e ignorar outros contextos onde o evangelho jamais é ouvido? Os questionamentos podem dar origem a uma reformulação do aprendizado, criando a base necessária para uma nova visão e direção.

Dicas e casos de sucesso, com base no que foi feito pela SIM

Em primeiro lugar, o propósito, a missão e a visão de uma igreja ou organização devem ser redirecionados em espírito de oração aos que vivem sem qualquer acesso ao evangelho. Sem isso, é fácil desviar-se para os frutos disponíveis nos lugares “fáceis” já existentes. Lembre-se que, entre os não alcançados, não há ninguém que defenda que eles mesmos sejam priorizados, portanto uma igreja ou ministério deve escolhê-los propositadamente. Somente esse nível de intencionalidade criará as condições nas quais uma semente do evangelho é efetivamente enviada e plantada em um lugar onde não exista nenhuma.

Em segundo lugar, é fundamental que todos na igreja ou organização acolham essa prioridade. Eles devem ser como uma frota de navios voltados para a mesma estrela-guia e navegando pelo mesmo mapa celeste.

Em terceiro lugar, uma chave para a eficácia em um mundo globalizado são as equipes multiétnicas e multidisciplinares. Uma equipe com vários conjuntos de habilidades tem inúmeras oportunidades em toda a comunidade. Quando apropriado, em vez de pensar que eles próprios trarão as soluções, os novos obreiros devem buscar formar equipes com moradores locais que já estejam servindo e saibam o que funciona em seu contexto.

Obstáculos a prever

A falta de consciência e o conhecimento vago são os primeiros obstáculos a antever. Muitas igrejas e ministérios com visão missionária, mesmo os mais competentes, não têm ciência de que há tantas pessoas no mundo sem acesso ao evangelho em linguagem e formato que possam compreender.

Os obstáculos financeiros também podem ser significativos, especialmente para os missionários no Sul Global. E certamente haverá oposição dos poderes das trevas. Isso deve ser enfrentado por meio de uma oração consistente e persistente. Não há barreira grande demais para o nosso Deus.

Às vezes, involuntariamente, igrejas e ministérios criam ou perpetuam obstáculos internos para levar o evangelho ao mundo todo. Esses obstáculos podem estar na estrutura, no processo ou na atitude. É possível também que haja doadores que não compreendem a realidade e as oportunidades disponíveis. Um passo vital é capacitar e redirecionar líderes, doadores, recrutadores, os responsáveis pelas finanças e os obreiros existentes. Se quisermos ouvir o som do nome de Jesus em lugares onde ele nunca foi falado, tomadores de decisão em todos os níveis devem ser redirecionados para priorizar “o mundo todo”.

Mobilizando a oração

Os locais que correspondem ao restante do “mundo todo” são aqueles nos quais não se pode entrar sem a orientação do Espírito Santo e a proteção vinda de orações fervorosas e dedicadas, individuais e coletivas. O Senhor da colheita anseia por encontrar-se conosco – seus trabalhadores da colheita – para nos falar, instruir e alinhar com o coração e os planos divinos.

Três orações estão continuamente em meu coração: que Deus erga os olhos dos líderes da igreja para que possam ver que os campos estão brancos para a colheita; que Deus chame muitos jovens para entregar a vida a serviço daqueles que não têm acesso ao evangelho; e por um coração colaborativo entre igrejas e organizações missionárias do Norte e do Sul Global que resulte em um movimento poderoso para levar as boas novas a todos aqueles que ainda esperam ouvi-las.[8]

Conclusão

Há mais de 110 anos, um missionário pioneiro do Canadá deixou um posto missionário estabelecido em uma cidade na Nigéria e rumou mata adentro. Havia muito a fazer no pequeno posto missionário; uma abundância de oportunidades para a evangelização. Mas graças à sua decisão de ir mais longe, minha pequena aldeia de Owa-Onire ouviu o evangelho. Sou fruto daquele missionário que insistia que o evangelho deveria alcançar todo o mundo.

Que possamos nos empenhar na urgente e inacabada tarefa de fazer discípulos de Jesus Cristo em todo o mundo. “Que sejam conhecidos na terra [em toda a terra] os teus caminhos, a tua salvação entre todas as nações. Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te todos os povos. Exultem e cantem de alegria [todas] as nações (Sl 67.1-4).

Endnotes

  1. Este artigo se baseia na apresentação do autor no Seminário Teológico Gordon-Conwell durante a Semana Missionária Anual em setembro de 2021.
  2. Nota da Editora: O termo “não alcançado” refere-se a pessoas com pouco ou nenhum acesso ao evangelho, enquanto pessoas “não evangelizadas” são aquelas que nunca ouviram o evangelho, mas vivem em um contexto em que o evangelho está mais facilmente acessível.

Extraído de https://lausanne.org/pt-br/recursos-multimidia-pt-br/agl-pt-br/2023-05-pt-br/o-mundo-todo-e-os-nao-alcancados?utm_source=Lausanne+Movement+List&utm_campaign=d61af035bf-Lausanne_Global_Analysis-PORTUGUESE-May2023&utm_medium=email&utm_term=0_602c1cb67d-d61af035bf-91736231