Seis que podem morrer

(Atualizado em 23 de Maio de 2023) – Faz um tempinho que soubemos que seis líbios estavam prestes à enfrentar a pena de morte por se converterem ao Evangelho, e também por praticarem o “proselitismo da nova religião”, segundo notícias locais.

De acordo com um jornal local, a pena de morte está sob a lei e essa ameaça é frequentemente usada para silenciar as pessoas e organizações de direitos humanos.

As acusações foram apresentadas contra os seis líbios, incluindo mulheres, sob o artigo 207 do Código Penal, que criminaliza qualquer tentativa de disseminar opiniões destinadas a “mudar os princípios constitucionais básicos ou a infraestrutura da ordem social” ou qualquer pessoa que possua livros, folhetos, desenhos ou slogans “ou qualquer outro material” promovendo “outros princípios”.

O advogado de um dos detidos disse que suas famílias só descobriram que eles tinham sido presos quando viram vídeos de suas confissões, postados on-line. Um vídeo mostrou um engenheiro e pai de uma criança dizendo ter se convertido a Jesus em 2017 e que também tentou pregar a religião. Uma outra pessoa, que apareceu discretamente no vídeo, disse: “Nasci em 1977 e fui preso pela Unidade de Segurança Interna por me converter ao Evangelho. Me juntei a um grupo de líbios e estrangeiros dentro da Líbia pedindo o cristianismo.”

Vários ativistas de direitos humanos líbios foram mortos ou forçados a fugir do país, enquanto aqueles que permanecem no país estão trabalhando escondidos para sua segurança.

Últimas notícias

Um casal que trabalhou por 10 anos neste país (foram expulsos de lá recentemente) nos disse que há uma grande possibilidade de que esses 6 irmãos não passarão pela pena de morte. A continuação da prisão deles é praticamente certa. Continuemos orar amados.

Nós, do Movimento Tamazgha, nos juntamos com muitos outros irmãos em intercessão por essas seis pessoas. Ore por eles, por suas famílias, e pelos poucos cristãos da Líbia!

A Palavra mais perseguida do mundo

Com toda certeza absoluta, a Bíblia é o livro mais perseguido do mundo. No decorrer da história, inúmeras pessoas, governos e situações, tentaram fazer com que ela desaparecesse. E isso continua até os dias de hoje.

Na Tunísia, em uma feira de livros internacional, uma livraria cristã teve alguns dos seus livros confiscados pelos realizadores da mesma. Apesar de denunciarem o que estavam fazendo, nada foi feito para que os livros voltassem para as prateleiras.

Já na Líbia, um dos países mais difíceis para a proclamação do Evangelho, aconteceu algo interessante. Foram encontrados copos com citações “evangélicas”, o que foi o bastante para que a polícia fizesse uma busca e apreensão para recuperar os tais artigos proibidos.

Louve a Deus pelas muitas versões da Bíblia que você possui, tanto fisicamente como digitalmente. A Palavra de Deus acessível à um toque, em qualquer momento. E também não se esqueça de interceder por aqueles que, com muito custo, tem acesso à mesma de forma perigosa e escondida. Ore para que aqueles que anelam  por ela possam ser “saciados”!

Grutas, montanhas e Santa Ceia

Se tem uma coisa que podemos dizer acerca desta viagem ao sul é que foi um presente celestial para nós. Estamos muito agradecidos por esta oportunidade, já que fazia muito tempo que planejamos isso. Essa viagem renovou os nossos desafios para buscar mais o Reino do Eterno para este lugar tão singular, lugar este onde “tudo começou”.  E fazer essa pequena visita durante a Páscoa foi muito significativo para todos nós!

“Isso é o símbolo da trindade e das mãos de Jesus”, nos disse nosso amigo

Chegamos em nossas “grutas” lá para as 16h da Sexta-feira. Viagem cansativa e que nos demandou um ajuste especial para poder se alimentar: comer à vista do povo durante o Ramadã não é nada legal. Nossa primeira reunião aconteceu na sexta, depois da janta. Tivemos uma Santa Ceia juntos, pedindo pela revelação do Filho às pessoas.  Já no Sábado pela manhã fomos nos encontrar com um senhor Bérbere, profundo conhecedor da cultura de seu povo. Muito interessante o que ele abordou sobre os primeiros habitantes da África do norte e como existem símbolos profundos da presença do Cristianismo no passado. Ao final oramos por ele, para que os mesmos símbolos se tornem realidade em seu coração.

Saímos de sua casa e escolhemos um local tranquilo para buscar a Sua face e pedir por aquele pequeno (e lindo) vilarejo. Ao caminhar e ver as pessoas ali, o senso de urgência de que “a noite vem” nos tomou de uma maneira bem forte. Realmente precisamos trabalhar enquanto é dia pois ainda há muita terra para ser conquistada (Josué 13:1).

Sapatilhas tradicionais

Seguimos nosso caminho para uma outra cidade, um pouco central para ir à um outro vilarejo desconhecido da gente. Não estava nos planos mas vimos que deveríamos ir para lá. Encontramos várias pessoas idosas sentadas no chão, com suas roupas tradicionais (estilo “jedi” de Star Wars, para a alegria dos Geeks) esperando o sol se pôr para poderem finalmente comer. E foi aí que encontramos três rapazes que vieram ao nosso encontro.

Um deles é um artista nato, que logo me chamou a atenção por causa do seu lindo trabalho com Aquarela. Conversa vai, conversa vem, e obviamente o nome do Mestre foi citado. Para eles, Jesus foi “um dos profetas”, apenas isso, foi isso que nos disse. A discussão foi boa, um pouco intensa e por algumas vezes se tornou “sensível” e que nos demandou sabedoria e um cuidado no falar. Foi ali que sentimos uma oposição espiritual muito grande, nem tanto na conversa com eles mas no olhar das pessoas. Parecia que não éramos bem vindos… Ao final da conversa, perguntamos para ele se poderíamos orar por sua vida e ele aceitou.

Voltar para onde estávamos alojados foi tenso pois já era noite e atravessar uma rede de montanhas, com suas ruas estreitas, não foi nada fácil. Chegamos quase às 22h, muito cansados, mas felizes de ver que fomos conduzidos por Ele em tudo.

O domingo veio, tomamos café e celebramos a Páscoa em nosso quarto, nos lembrando daquele texto das mulheres que foram advertidas pelos anjos. Afinal de contas, estavam em um lugar buscando por alguém que não estaria ali. Foi essa a nossa oração a Deus: que eles possam sair das grutas e visualizar a luz da ressurreição. Eles precisam dessa revelação divina e cabe à nós (e não à anjos) trazer a verdade de que Cristo vive. Partimos o pão, bebemos “o vinho”, e pegamos a estrada de volta pra casa.

A bandeira da chamada “Tamazgha”

Vimos inúmeras oportunidades do Reino nessa região da Tamazgha. Um região histórica, com desafios que nos demandam a busca incessante pelos sonhos de Deus para este lugar. Queremos que Jesus caminhe por aquelas montanhas, entre nas grutas, através de nós e de todos aqueles que “vão conosco”.

Falando nisso, já pensou em fazer uma viagem dessas? Por que não?

Caminhar com o Emanuel é sempre muito bom. Privilégio cercado de Suas promessas e de Sua presença. O Ressurreto vive, que Ele seja louvado e adorado nos quatro cantos da terra!

Infelizmente, por motivos de segurança, não podemos falar os nomes dos lugares visitados e nem mostrar fotos nossas e das pessoas citadas