Onde estamos

A África do norte é uma região vasta que compreende vários países e a população bérbere se estende além de suas fronteiras geográficas. Isso faz com que percebamos vários grupos étnicos. O nome Tamazgha é um neologismo criado e usado pelo povo local para designar o “mundo bérbere”: um espaço geográfico que segundo eles constitui a sua pátria histórica.

“Prepare pão com manteiga, até que Deus traga a geléia”

Provérbio Bérbere

Sim, até que Deus traga a geléia.

Se olharmos para o que Ele esta fazendo na região, fica evidente que o trabalhar divino tem transformado vidas. O Pão que desceu do céu esta agindo, trazendo a doçura do Seu Reino para os povos norte africanos. Continuemos, portando, fazendo a nossa parte por que o mais Ele fará.

Uma região onde o sol se põe

O chamado “Magrebe”, ou “magreb” (Em árabe, ال م غرب, Al-Maghrib) é o que chamamos de África do norte. Foi denominado de Al-maghrib pelos árabes por causa de sua posição geográfica em relação ao restante do mundo muçulmano: Al-maghrib significa basicamente “poente” (Ocidente), ou “Lugar onde o sol se põe”. Possui um clima mediterrâneo, embora grandes partes dos países estejam dentro do deserto do Saara, o maior deserto em expansão do planeta.

Todos possuem como religião o Islamismo e estão entre os países que mais restringem a entrada de missionários. A política está muito ligada nos preceitos do Islã. Apesar dessas dificuldades, é possível ver o Espírito de Deus se movendo como, por exemplo, o avivamento que houve entre os Kabyles da Argélia. Esses obstáculos abrem novas oportunidades, trazendo-nos à tona a necessidade de ver o Evangelho prático de Jesus, conforme Seu próprio exemplo: uma Vida em abundância com toda a sua integralidade.

Também é uma região com muita base histórica. Vemos os relatos do contato que tiveram com o Evangelho há muito tempo atrás, principalmente entre os Bérberes, dando vazão ao aparecimento de grandes líderes religiosos: Tertuliano, Cipriano e Agostinho. No próprio livro de Atos vemos que um dos líderes da Igreja primitiva era da região: Lúcio de Cirene, atual Líbia (At.13:1). Porém nos séculos IV e V, uma enorme dificuldade sobreveio sobre a igreja, trazendo centralização de poder, discussões acerca de doutrina e divisão, politização e falta de visão missionária. Um caminho aberto para a invasão do islamismo, pois enfraquecida, a igreja não conseguiu resistir a este avanço. Hoje é uma das regiões menos alcançadas pelas Boas Novas, conhecida até hoje como a “terra da igreja desaparecida”.

Todavia, Deus esta trazendo a geléia. Em meio a tantos obstáculos, Ele nos chama para sermos co-participantes em Sua obra.

Mas quem são os Berberes? 

O termo “berbere” veio do latim barbarus (bárbaro), mas eles preferem se chamar de Imazighen (“homens livres”). Originalmente brancos do Mediterrâneo, foram-se misturando com as populações do Saara e do Sahel e, hoje, podem ser louros ou ruivos (nas montanhas Atlas de Marrocos) ou de pele negra (na região subsahariana).

Inicialmente viviam em tribos esparsas que cobriam uma boa parte do deserto do Saara. No passado, lutaram com afinco contra os Árabes, na tentativa de invadir a região, vencendo por algumas vezes. Mas no fim não conseguiram resistir e o processo de “arabização” e a conversão ao Islamismo começou.

Antropólogos que estudam os berberes não os classificam como apenas um povo comum, mas sim um conjunto de povos que tem características sociais e linguísticas bem parecidas, mas que não tem uma definição como um povo unido em torno de um Estado, já que se localizam em vários lugares do norte africano.  Apesar de estarem de certa forma dispersos, existe uma identidade cultural comum entre as diversas tribos. O Níger e o Mali, por exemplo, não estão geograficamente localizados na África do norte, porém a etnia Tuaregue, presente nos dois países, é considerada uma tribo berbere. 

Nós, do movimento Tamazgha Zone, cremos em Deus e em Suas maravilhosas ações. Cremos que o Pai das luzes quer restaurar esta rica cultura para a Sua glória. O tempo é agora, a noite esta vindo e este movimento nada mais é do que um simples convite à você (e a sua igreja) para fazer parte desta ação do Reino entre os magrebinos.

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