No Mali, o exército toma posição

Guerras e rumores de guerras. Todos nós estamos conscientes que o principio das dores está aí. Estamos vendo terremotos intensos em vários lugares (como no Marrocos), o ataque terrorista do Hamas e a resposta dura de Israel… E não é diferente no oeste africano, onde a instabilidade política e ações de grupos terroristas se fazem presentes. Enfim, nós como Noiva de Cristo precisamos estar com nossas lamparinas acessas.

Oremos pelo Mali

O Mali é um país do oeste africano que tem passado por muitos problemas. Dentre eles, ataques terroristas ao norte. Na cidade às portas do deserto, chamada Kidal, não é de hoje que sofrem com essa situação. O exército do país afirmou ter tomado posição agora no início de Novembro, para combater um ”grupo de separatistas”. Policiais, sob condição de anonimato, relataram que os rebeldes haviam deixado a cidade quando os soldados entraram.

Desde Maio de 2014 que o exército do Mali tem tentado recuperar o controle total de Kidal, em idas e voltas. Vários confrontos aconteceram e inúmeras mortes.

Nós, do Movimento Tamazgha, queremos pedir à você e à sua igreja que estejam levantando um clamor por este país. Ore para que as igrejas no sul cresçam e tenham o desejo de ir ao norte para levar as Boas Novas de Paz. Peça à Deus por Paz, por uma visitação do alto.

Agar, donde vens? Para onde vais?

Dia desses, enquanto tomava meu café, me deparei com um pequeno vídeo no Twitter. Obviamente que o assunto era o mesmo: o ataque terrorista do Hamas e a resposta de Israel.

No vídeo (gravado pelo próprio terrorista) mostra ele e mais um integrante do Hamas invadindo um Kibutz. Seu companheiro vira a direita, procurando gente para atirar e some completamente do vídeo. Mas de repente o outro (que está com a câmera) é alvejado com uma chuva de tiros. O grito de dor é assustador… A camera cai no chão, o não se vê o corpo. Mas se ouve o som da dor e gritos de agonia do rapaz, com a camera virando “ironicamente” para o céu, ao som de seu ultimo suspiro, recitando uma surat do Alcorão.

Fechei o Twitter, terminei o resto do meu café, com muita tristeza no coração.

Onde você está Agar?

Não quero entrar em nenhuma discussão tola, creio que perdemos tempo e energia com isso. O assunto é extremamente complexo, a própria Bíblia nos conta como tudo começou, e sabemos muito bem como a mídia e redes sociais tentam nos empurrar para algumas presunções que fogem da realidade que devemos nos apegar. Qual é a nossa realidade? Sim, Sua Palavra e a luz que ela emana quando nos enchemos dela. Só assim podemos “discernir o mundo” e prosseguir o Caminho Ele traçou para cada um de nós.

Não é de hoje que gosto de lembrar que o próprio Jesus apareceu para a serva Agar. E não é porque eu moro e convivo com árabes e muçulmanos… Para mim a história de Agar é simplesmente uma explosão da graça de Deus e isso é encantador, apesar dos rumos que foram tomados depois disso.

Quando Agar sai de casa pela primeira vez, ela está fugindo de Sarai. Encontra literalmente Jesus ao lado de uma fonte de água. Interessante, não? Derrama diante d’Ele sua queixa, ouve Sua ordem (e obedece posteriormente, apesar de suas humilhações), recebendo Sua promessa. Você sabia que o próprio Jesus escolhe o nome do seu filho?  Sim, ele será chamado Ismael. Agar reconhece que esteve com o próprio Deus, O invoca e sentencia: “Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê?”.  O poço ganha um nome, Beer-Laai-Roi, “poço dAquele que Vive e me vê”. Aleluias!

E enfim o filho da promessa nasce, aquele que Deus havia prometido: Isaque. O riso invade a casa de Abraão e Sara, aleluia! Porém, como “bons seres humanos que somos” (contém ironia), os problemas renascem enormemente. Mal sabia Agar que o tempo dela e seu filho irem embora havia chegado: as promessas de Deus iriam se cumprir e eles precisavam ir… Assim vão eles, com pão e água no odre fornecidos pelo triste Abraão. Obviamente que o mantimento físico não era suficiente para eles acharem um caminho para si: precisavam de um novo encontro Jesus!

O próprio Deus (o Pai) ouve a voz do menino. Jesus (o Filho) volta a falar com ela dos céus. Ordena que ela se levante, pegue a mão do rapaz, eles precisavam prosseguir. Deus lhe abre os olhos, ela vê um poço e recomeça a sua jornada até o deserto de Parã. Lá vai ela com a água providenciada pelo seu Pai celeste e com Sua promessa guardada no coração. O versículo 20 do capítulo 21 de Gênesis mostra que eles não foram abandonados, pois “Deus estava com o rapaz…”. Ismael reaparece na história anos depois, quando seu pai veio a falecer. Ele e seu irmão, Isaque, sepultam Abraão juntos.

Você conhece a história…

Todos nós conhecemos muito bem o restante da história. Deus cumprindo de maneira maravilhosa Sua promessa para com Abraão, na esperança de que Israel fosse “um ímã” para com as nações, uma nação que proclamasse Seu Reino. Deus cumpre a Sua Palavra. É claro que muitas coisas erradas aconteceram, uma geração morre no deserto. O povo sofre por decisões erradas e com reis que não seguem o caminho do Senhor. Israel sofre, passa por cativeiros e grande sofrimento na mão de outros povos. Tudo fruto de suas decisões equivocadas, apesar das promessas e do grande mover do Pai entre eles. Mas a Palavra de Deus permanece e sempre fará aquilo que lhe apraz! A plenitude do tempo acontece, o mesmo Jesus que apareceu à Agar nasce para mostrar a todos que Ele é água da vida. Abre os nossos olhos de todos, tanto judeus, gregos e romanos, para a salvação disponivel “aqui e agora”. A mulher samaritana que o diga!

Os palestinos não são árabes, não em sua origem. Mas também estão debaixo do alvo de Deus com Sua salvação. Israel, povo escolhido, continua sendo abençoado por Ele. Nenhuma violência, seja ela qual for, pode ser usada como escudo ou meio para que se consiga promessas divinas. Só há um caminho, que é Jesus. Apenas Ele pode nos levar para a terra prometida, onde não haverá agonia de dor.

O Hamas, grupo terrorista, passará pela justiça divina. Não tenha dúvida quanto a isso. Israel precisa dobrar seu joelho diante do Messias que já veio. E as nações necessitam ver em nós a salvação, a única que veio, e veio dos judeus, porém não há montes, cidades e fronteiras específicas para que Ele seja adorado!

Ore por Jerusalém. Ore por Gaza, pelos palestinos. Interceda pelo Norte da África, pelos europeus, pela visitação de Jesus nas guerras em nossas favelas. Tem muita gente andando errante por aí, na agonia dos desertos da alma, clamando por um poço de água, olhando em desespero para os céus diante da morte que está próxima. Não serão religiões, ideologias, políticos ou retalhações que irá trazer o Reino. Não podemos entrar na onda do ódio, Deus fará que Sua justiça apareça e Ele quer nos relembrar no dia de HOJE que ouve à TODOS os clamores, nos ordenando à mostrar a direção que leva à Jesus, a Água viva.

Israel, que você seja abençoado com à rendição ao Messias! Que as promessas de Deus continuem se realizando no meio de tí. Palestina, abra as suas fronteiras, o Rei da glória quer entrar e fazer morada no meio de ti! Veja o caminho que leva à Água da vida!

 

Quer vir orar em um país da África do norte, pedindo pelo Reino de Deus entre eles?

Onde está o Príncipe da Paz?

“Sabe, eu gosto de manter as coisas vivas”, disse-me Boubacar Diallo. Ele criou animais a vida toda, um hobby (?) que herdou de seu pai, um soldado do Exército nigeriano. “Qualquer um dirá que o endereço da minha casa é o lugar onde o gado está lá fora.” Diallo sobe uma  escada para pegar alguns fardos de feno que estão no telhado de um alpendre caindo aos pedaços sob o qual três cabras, estavam amontoadas ao lado de um bando de pombos. Ele pula para baixo e joga os fardos no cercado. Alguns pássaros o seguiram.

Era início de novembro de 2021 e eu estava visitando Diallo em sua casa em Niamey, capital do Níger. Estava acompanhado por um jornalista chamado Omar Hama, e nós três sentamos do lado de fora em um pátio coberto, ao lado de uma árvore magra que se estendia por um buraco no telhado de zinco. A estação chuvosa havia terminado um mês antes, e as margens do rio Níger estavam repletas de verde. Porém  a chuva havia caído de forma desigual: em todo o país havia relatos de inundações repentinas, vegetais magros e camelos com doenças estranhas.

Um homem modesto com costeletas desgrenhadas e roupas amassadas, Diallo trabalha como mediador de conflitos em Tillabéri, uma região que circunda Niamey, estendendo-se ao norte até Mali e ao sudoeste até Burkina Faso. Tillabéri é o lar de vários grupos étnicos, incluindo os Fulanis que normalmente são pastores nômades; os tuaregues, que também são itinerantes; e os Djerma, que muitas vezes são agricultores. Na última década, à medida que as parcelas agrícolas invadiram o território dos pastores e as mudanças climáticas tornaram a água e as terras aráveis ​​cada vez mais escassas, as fronteiras sofreram violência esporádica. Bandidos de algumas etnias roubaram animais dos pastores Fulanis, e rixas mortais surgiram entre eles, como também entre os Djermas e Tuaregues.

Por meio de negociações meticulosas, Diallo negocia tréguas e convence grupos em guerra a abandonar suas armas. Mas, na época da minha visita, seu trabalho era complicado pela presença crescente do Estado Islâmico no Grande Saara (ISGS), um grupo armado originário do Mali e que capitaliza os conflitos em Tillabéri para recrutar membros e informantes. Fugindo das patrulhas do Exército nigeriano e dos drones de reconhecimento franceses e americanos, seus combatentes estavam invadindo cidades, executando chefes locais e exigindo que os residentes pagassem um imposto ou sofreriam retaliação. “As autoridades se recusaram a resolver os problemas na zona de fronteira e os jihadistas se aproveitaram”, disse Diallo. Hama concordou com a cabeça. As aldeias em Tillabéri estavam agora a esvaziar-se, os seus habitantes fugindo para Niamey ou para acampamentos que surgiam por toda a região.

A situação é complicadíssima e está fora de qualquer noticiário internacional. Enquanto isso, Diallo tenta fazer seu honroso trabalho, no meio a muitas desavenças, desinteresse político e mortes. A pergunta que devemos ter em mente é : onde está o Príncipe da Paz?

A Palavra de Deus é muito clara diante de nossa responsabilidade perante ao mundo que está se desfazendo no caos da humanidade. Deus não está inerte a situações que vivemos, e por isso “nos convida” a viver uma prática de Vida, uma vida em abundância entre esses que procuram sobreviver aos dramas do cotidiano.

Por favor, ore por Diallo. Ore por Tillabéri, interceda pelo Niger. Continue orando pelo Mali, por Burkina Fasso, países localizados no oeste africano que necessitam muito de nossas intercessões. Lembrem-se dos Fulanis, dos Tuaregues, dos Djermas… Povos que carecem de nossas orações.

Nós sabemos onde o Príncipe da Paz está. Cabe a nós mostrar à eles, através de nós, o Seu alcance gracioso de salvação. Oremos amados!