Quanto custa o cordeiro?

Não sei quanto à você mas eu sempre parei para imaginar o que passou na cabeça de Abraão naqueles 3 dias de caminhada com seu filho Isaque, que deveria ser sacrificado em obediência à difícil ordem de Deus (Gn.22:4). Eu, como pai, não consigo imaginar que tipo de pensamentos ele teve até o destino final. Mal sabiam eles que o Cordeiro já havia sido sacrificado antes da fundação do mundo, muito menos o enorme custo do envio do Filho, Seu Cordeiro, em favor da humanidade.

Por essas bandas eles falam que não foi Isaque, mas Ismael. Aqui é uma celebração, uma grande festa, chamada de Aíd-al-Adha, cuja data varia de acordo com o país (já que segue o calendário lunar). O propósito da festa é o seguinte: celebrar a devoção de Abraão. Em países do oeste africano, tais como Níger e Mali, essa festa é chamada de Tabaski e os rituais se diferem dos países norte africanos. Obviamente que o sacrifício tem um custo: estão todos reclamando do valor de um cordeiro. Está muito caro!

Eis o Cordeiro de Deus

A frase dita por João Batista é singular e poderosa, ”…Eis o Cordeiro de Deus”. E essa mesma frase precisa ser ecoada em vários lugares do mundo, principalmente em lugares onde não se sabe que o Cordeiro já foi oferecido.

Certa feita, em uma conversa informal sobre essa festa, um amigo me explicava sobre o que faziam. Me deu detalhes do sacrifício, o que faziam com o animal, exaltou o feito de Abraão… Ele tinha ciência que eu, como cristão, não comprava um cordeiro para sacrificar como eles fazem. Tentou me convencer que foi Ismael, e não Isaque, conversamos sobre várias coisas até que eu lhe fiz uma pergunta: ‘‘- Você já percebeu no que Deus fez com Abraão, providenciando para ele um cordeiro para morrer em lugar de seu filho?”. Foi aí que a conversa foi para o lado desejado. ”Você sabe que eu nunca pensei sobre isso? Eu sempre vejo a obediência do profeta, mas nunca pensei de que foi o próprio Deus que deu um cordeiro para que Abraão pudesse obedecê-lO!”, assim respondeu o meu amigo. O resto da conversa foi simplesmente um eco do que João Batista falou à muito tempo atrás. Sim, ”eis o Cordeiro de Deus”!

Ore pelos muçulmanos amados. Ore para que seus olhos se abram e enxerguem o Cordeiro de Deus. Ore para que exaltem A Oferta do próprio Deus, em prol deles, e que se tornem amigos do Pai, segundo a incrível e maravilhosa graça do Filho!

Feliz Yennayer, feliz 2973!

Levanta em redor os olhos e vê; todos estes se ajuntam e vêm ter contigo; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são trazidas nos braços

Tem como imaginar um coração incrivelmente dilatado de júbilo? Você já passou por algo parecido, uma alegria tão imensa (e difícil de descrever) como esta?

Esse dilatar do coração acontecerá porque a “abundância do mar” se tornará à Jesus. Haverá uma multidão de camelos trazendo ouro e incenso, publicando louvores ao Senhor. Ovelhas se reunirão, para o Seu agrado subirão ao Seu altar, fazendo com que Ele torne Sua casa mais gloriosa. As muitas riquezas das nações virão até Ele!

Mas que riquezas são essas? Corações derramados aos Seus pés, em honra ao Seu santo nome, cultuando-O com Suas culturas redimidas pelo sangue do Cordeiro.

Entre os dias 12 à 14 de janeiro o povo Amazigh (Bérbere) do norte da África comemora o Ano Novo, o “Yennayer“. Agora é ano 2973. Eles irão festejar com uma vigília, se vestem tradicionalmente e se deliciam com uma saborosa comida. Visitas, conversas, canções e danças. É tempo de festa.

Nossa oração é que essa cultura milenar seja um culto de adoração a Deus, de acordo com a profecia de Isaías 60. Que este Ano Novo de 2973 seja feliz para toda a eternidade! Obrigado por orar por eles!

SAIBA COMO ORAR POR ELES

 

Tifinar? Que escrita é essa?

O ano novo chegou e consequentemente um novo ano escolar está por vir. É tempo de férias, de descanso, mas logo logo teremos que começar as compras de livros, cadernos… Enfim, o ano letivo vai começar.

Por aqui no norte da África não é diferente, embora o ano escolar comece em um outro mês. As crianças norte africanas são alfabetizadas em Árabe, uma parte da mesma em francês, mas em alguns lugares ainda há lugar para uma antiga escrita bérbere: o Tifinar.

Inscritos na rocha da época do Velho Testamento, ao lado de figuras representando cavaleiros e animais selvagens, esses poucos sinais geométricos são os vestígios mais antigos do que hoje é chamado de alfabeto Tifinar, e que agora é usado para escrever Tamazight, a língua falada pelas populações bérberes do norte da África. A partir das origens dessa língua, a ação de escrever foi expressa pelo verbo ARA cuja etimologia vincula o significado à ideia de abrir, de incidir. Acredita-se que Tifinar tenha descendido da antiga escrita líbia (libyque ) ou líbio-berbere, a origem da escrita é incerta, com alguns estudiosos sugerindo que ela esteja relacionada ao alfabeto fenício.
Países como Marrocos e Argélia, possuem ainda uma identidade muito forte com a cultura Bérbere, consequentemente, uma certa valorização da escritura. Há lugares específicos na Tunísia e na Líbia onde as origens são ainda fortes.

E a Bíblia?

Sim, podemos achar a Bíblia na escritura Tifinar, mais precisamente o Novo Testamento e alguns livros do Antigo Testamento. Existem muitos áudios na língua Bérbere onde muitas histórias bíblicas são lidas e explicadas. Panfletos de Evangelização também foram produzidos para que a comunidade de leitores do Tifinar possam ler uma mensagem clara e sucinta de Cristo. Ore para que os Bérberes venham a abrir os seus corações para a Palavra de Deus e que sua rica e interessante cultura seja um culto ao soberano Deus e Pai.