O ano novo chegou e consequentemente um novo ano escolar está por vir. É tempo de férias, de descanso, mas logo logo teremos que começar as compras de livros, cadernos… Enfim, o ano letivo vai começar.
Por aqui no norte da África não é diferente, embora o ano escolar comece em um outro mês. As crianças norte africanas são alfabetizadas em Árabe, uma parte da mesma em francês, mas em alguns lugares ainda há lugar para uma antiga escrita bérbere: o Tifinar.
Inscritos na rocha da época do Velho Testamento, ao lado de figuras representando cavaleiros e animais selvagens, esses poucos sinais geométricos são os vestígios mais antigos do que hoje é chamado de alfabeto Tifinar, e que agora é usado para escrever Tamazight, a língua falada pelas populações bérberes do norte da África. A partir das origens dessa língua, a ação de escrever foi expressa pelo verbo ARA cuja etimologia vincula o significado à ideia de abrir, de incidir. Acredita-se que Tifinar tenha descendido da antiga escrita líbia (libyque ) ou líbio-berbere, a origem da escrita é incerta, com alguns estudiosos sugerindo que ela esteja relacionada ao alfabeto fenício.
Países como Marrocos e Argélia, possuem ainda uma identidade muito forte com a cultura Bérbere, consequentemente, uma certa valorização da escritura. Há lugares específicos na Tunísia e na Líbia onde as origens são ainda fortes.
E a Bíblia?
Sim, podemos achar a Bíblia na escritura Tifinar, mais precisamente o Novo Testamento e alguns livros do Antigo Testamento. Existem muitos áudios na língua Bérbere onde muitas histórias bíblicas são lidas e explicadas. Panfletos de Evangelização também foram produzidos para que a comunidade de leitores do Tifinar possam ler uma mensagem clara e sucinta de Cristo. Ore para que os Bérberes venham a abrir os seus corações para a Palavra de Deus e que sua rica e interessante cultura seja um culto ao soberano Deus e Pai.