TUNIS (Reuters) – A polícia tunisiana usou canhões de água para dispersar centenas de manifestantes que tentavam chegar ao centro de Túnis nesta sexta-feira, dia 14 de Janeiro, para protestar contra o presidente, desafiando as restrições da COVID-19.
Uma forte presença policial impediu que os manifestantes se reunissem na Avenida Habib Bourguiba, a principal rua do centro de Tunis que é o ponto focal tradicional das manifestações, inclusive durante a revolução de 2011.
Os partidos de oposição, incluindo o moderado islâmico Ennahda, estão protestando contra a suspensão do parlamento pelo presidente Kais Saied, a posse do poder executivo e os movimentos para reescrever a Constituição, que eles chamam de golpe. Dezenas de carros da polícia estavam na área e dois canhões de água foram colocados do lado de fora do prédio do Ministério do Interior, localizado na mesma rua.
Embora a ação de Saied em julho tenha parecido muito popular no início após anos de estagnação econômica e paralisia política, analistas dizem que ele parece ter perdido algum apoio desde então. A economia da Tunísia continua atolada pela pandemia, houve pouco progresso na obtenção de apoio internacional para as frágeis finanças públicas e o governo que Saied nomeou em setembro anunciou um orçamento impopular para 2022.
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